6. Travestis

Variações no comportamento sexual

Minorias sexuais: 6. Travestis

Magnus Hirschfeld
(1868-1935) cunhou os termos “travestis” e “travestismo” (lat. trans: transversalmente e vestis: vestir). Antes dele, as pessoas igualavam o transvestismo à homosexualidade. Hirschfeld, que teve um especial interesse cientifico em “fases intermediárias sexuais”, aprendeu através dos seus estudos extensivos que a sua perspetiva estava errada. Logo introduziu os novos termos e assim as necessárias distinções.

O termo “travesti” foi cunhado por Magnus Hirschfeld em 1910 para uma pessoa que habitualmente se veste com roupas do sexo oposto. Nesse tempo, os investigadores não distinguiam claramente entre o papel de género e a orientação sexual, e assim homens que se vestiam com roupa de mulher era simplesmente assumido que fossem “homossexuais” e agrupados juntamente com este grupo. Hirschfeld foi forçado a compreender que isto era um erro. Na verdade, muitos ou a maioria destes “travestis” tinham uma orientação heterosexual e assim o novo termo era necessario para carateriza-los como um grupo especial. Aliás, como podemos ver, os travestis não eram um grupo homogeneo. Um olhar mais atento revela que não havia apenas heterossexuais e homossexuais, mas também travestis masculinos e femininos. Além disso, alguns deles vestiam-se com roupa do sexo oposto apenas ocasionalmente, outros com frequência ou regularmente, e todos o fizeram por razões diferentes. Resumindo, quando os investigadores começaram a estudar o travestismo como sendo um fenómeno, descobriram uma variação sexual multidimensional que requer outras distinções.

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