Desenvolvimento do Comportamento Sexual

De modo a compreender a complexidade do comportamento sexual do ser humano e o seu desenvolvimento desde a infância até à velhice, os pesquisadores usaram uma variedade de modelos ou paradigmas (gr. Paradeigma: padrão). Por exemplo, compararam o seu curso a um ciclo ou interpretaram-no como uma curva a subir ou a descer. Outros viram-no como um desenrolar ou uma fusão de várias partes ou até a manifestação de uma vontade compreensiva singular. Mais recentemente, foi explicado como sendo um  desenrolar de um guião ou combinações de guiões providos pela sociedade e interiorizados pelo individuo.

Tais modelos são uteis como ferramentas intelectuais que nos ajudam a compreender a realidade; mas não são em si a realidade. Os modelos são criados e usados com o propósito de fazer comparações que podem ajudar a explicar o que é de outro modo incompreensível. No entanto, da mesma forma, os modelos são abandonados quando já não servem o seu propósito. Quando se revelam inadequados, são substituídos por outros modelos que melhor “se adequam” e nos oferecem um nível mais profundo de compreensão. Na ciência, isto é conhecido como uma mudança de paradigma. Tais mudanças sempre foram, e ainda são, características do progresso cientifico.¹
Neste curso, damos a descrição do desenvolvimento sexual humano na total consciência que poderá não ser definitivo. Na verdade, no future, é muito provável ser emendado, corrigido ou substituído por outras descrições novas e por modelos muito diferentes. Tudo o que podemos fazer é sumarizar o consenso sexológico que existe nos dias de hoje.

(1) para uma discussao detalhada, ver o livro de Thomas S. Kuhn (1922 - 1996), A Estrutura das Revoluções Cientificas, 1962