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Magnus Hirschfeld (1868-1935), um medico alemão, foi o mais importante pioneiro da sexologia. Em 1897, ele e os seus amigos fundaram a primeira organização mundial de “direitos gays”, o Comité Cientifico Humanitário (Wissenschaftlich- humanitäres Komitée, WhK)
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Quando Magnus Hirschfeld, na sua viagem à volta do mundo, foi ao Japao em 1931, ele foi questionado por um médico japonês: "Por que é que se ouve muito sobre a homossexualidade na Alemanha e nada sobre isso aqui no Japão" a resposta de Hirschfeld é que realmente vale a pena ponderar ainda hoje: "Isso, meu caro colega, é porque é proibido por nós e permitido por você." na verdade, o próprio Hirschfeld, muito cedo na sua carreira, percebeu que o "problema homossexual" era basicamente nada mais do que a recusa da sociedade em aceitar as realidades sexuais. A lei alemã contra a relação homossexual masculina produziu uma grande quantidade de hipocrisia, ameaçou muitos cidadãos respeitáveis comuns e com altos cargos, convidou à chantagem e extorsão, e levou a escândalos públicos sensacionais arruinando muitas carreiras brilhantes, de outra forma, irrepreensíveis. A França e Itália, que não tinham tal lei, nunca tiveram problemas destes e claro que, nem o Japão. Resumindo, a lei alemã não serviu nenhum objetivo util, mas foi realmente prejudicial para o país. Hirschfeld e alguns amigos fundaram assim a primeira organização mundial de “direitos gays” em 1897, o WhK. Recolheu algumas assinaturas de muita gente proeminente (incluindo Albert Einstein) para uma petição ao parlamento alemão exigindo a reforma legal. Contudo, Hirschfeld não viu nenhuma reforma durante toda a sua vida. De facto, só se tornou realidade em 1994, quase 100 anos após o seu esforço.
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