Variações no comportamento sexual

Minorias sexuais: 7. Transsexuais

Termos

O termo “transsexualismo” (lat. trans: atravessado e sexus: sexo) foi dado por Magnus Hirschfeld em 1923 e só foi gradualmente aceite por alguns poucos especialistas que, assim, tentaram caracterizar um subgrupo de travestis. Eventualmente, a palavra “transsexual” entrou na linguagem do dia-a-dia e adquiriu o seu presente significado. De acordo com o uso corrente, algo parecido com a seguinte definição foi a mais aceite:

No entanto, o termo “transsexual” foi muitas vezes criticado por ser enganador por duas razoes: 1.A pessoa não tem nenhum problema “sexual”, mas um problema de género. 2. A pessoa não se moveu "através de" alguma coisa. Em vez disso, a autoidentificação como mulher ou homem, contrariando o sexo físico, é fixa e imutável. Por esta razão, a maioria dos escritores científicos já não falam do transexualismo, mas de “disforia de género” (gr. dysphoria: humor irritado, do dys-: un-, e phorein: trazer). Este novo termo simplesmente refere-se a um desencontro de genero e sexo.
Alguns preferem o termo “transgenero” a “transsexual”, pois assim evita mal-entendidos que podem estar a falar sobre disfunção sexual ou orientação sexual. No entanto, este termo – tal como o “transgenderismo” – agora inclui qualquer e todos os comportamentos que desafiem as definições tradicionais de feminilidade e masculinidade. Nem todos os indivíduos que mostram tal comportamento são transsexuais.
Resumindo, os termos disponíveis hoje em dia não são totalmente satisfatórios. Podem levar a mal-entendidos e podem muito bem ser substituídos por termos mais precisos no futuro. No entretanto continuaremos a usar os termos “transsexual” e “transsexualismo” neste curso, devido a serem bem conhecidos e ainda usados pela maior parte dos escritores académicos.