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A arte de fazer amor Nalgumas civilizações e períodos históricos, mulheres e homens cultivaram elaboradas técnicas sexuais, que exigiam longa prática e iam muito além de uma finalidade para a reprodução. Em vez disso, o casal esforçou-se para alcançar um maior grau de saúde física e espiritual. (Pintura Indiana, século 18 d.C.).
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Hoje, os cientistas discutem se, mesmo em casos "simples", o conceito de desejo é realmente capaz de explicar o que quer que seja. Todavia, seja como for, podemos, facilmente, ver que, pelo menos no caso do sexo, este conceito faz pouco sentido. Em primeiro lugar, a actividade sexual não é necessária para a sobrevivência de qualquer organismo. A falta de alimentos ou líquidos irá levar-nos à morte, mas a falta de sexo nunca matou ninguém. Em segundo lugar, a intensidade do desejo sexual não depende do grau de privação sexual. A abstinência sexual nem sempre aumenta o desejo sexual e a atividade sexual frequente, nem sempre diminui-a. Pelo contrário, algumas pessoas que estiveram em abstinência por muito tempo acabam por perder todo o interesse em sexo, enquanto outros que são extremamente activos continuam a ser facilmente despertados. Além disso, as pessoas, geralmente, não procuram, para seu próprio prazer, estar com fome ou sede, mas, muitas vezes, elas procuram activamente a excitação sexual. Similarmente, ao contrário da fome ou sede, essa excitação pode, por si só, ser causada e aumentada por factores psicológicos. Finalmente, a fome e a sede são vivenciadas como desagradáveis, enquanto a excitação sexual faz sentir bem e é, portanto, gratificante que assim permaneça "insatisfeita".
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