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“Desejos” básicos nos animais
Os animais são, basicamente, inertes e devem ser “levados” para comer, beber, e copular? Ou, simplesmente, estão vivos e, por isso, às vezes, com fome, sede, e disposição para acasalar?
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Nas discussões científicas contemporâneas, a palavra "desejo" já não é tão usada como dantes. Muitos cientistas têm, de facto, rejeitado, por completo, o conceito. Não vêem qualquer vantagem real em descrever fome como o desejo de comer, e, em vez de referirem-se acerca dos animais “satisfazerem o seu desejo de beber”, preferem simplesmente dizer que os animais bebem porque estão com sede. Além disso, a ideia de que os animais são, basicamente, inertes e têm que ser "levados" para a actividade, está sendo cada vez mais questionada. Contudo, o conceito de “desejo” tem mantido algum apelo por parte dos psicólogos, que querem descrever que as motivações têm alguma base fisiológica. Assim, nos livros didácticos de Psicologia, o “desejo” pode ser definido como um “estado desperto em que o comportamento de um organismo é direccionado para evitar desconforto ou um estado de desequilíbrio fisiológico". Nesse sentido, desejos são, por exemplo, fome, sede, a necessidade de sono, e a necessidade de temperaturas moderadas. A falta de alimentos, líquidos, sono, ou a temperatura que esteja muito quente ou muito fria activa o desejo. Quanto maior o desequilíbrio, maior o desejo. De igual modo, quando o alimento, líquido, sono, e uma temperatura moderada foram obtidos, o desejo está satisfeito até que um novo desequilíbrio active-o novamente. Finalmente, é evidente que estes desejos desempenham uma função vital para o organismo. Sem alimento, líquido, ou sem dormir, e em temperaturas de ebulição ou congelação, o organismo acabaria por morrer.
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