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Os guiões intrapsíquicos e interpessoais devem ser vistos no contexto de um guião mais amplo que dá a definição geral do que é “sexual” e o que não é. Nesta base, também se explica a significância do comportamento “sexual”, isto é, o seu significado e a sua importância. Mais importante, um guião cultural determina se e em que proximidade devem estar interligados o comportamento de género, o comportamento erótico e o comportamento reprodutivo. Em algumas culturas, o vínculo é bastante solto; noutras é bastante apertado. Por exemplo, certas culturas insistem em que papéis de género devem ser clarificados em contraste com outro, que o comportamento erótico deve ser restrito às relações sexuais entre homens e mulheres, e que estas relações devem sempre servir um objetivo de reprodução. Outras são menos restritivas. Consideram que os comportamentos eróticos e reprodutivos são assuntos separados e por isso permitem relações entre pessoas do mesmo sexo.
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Tudo o que isto significa, é, que o estudo sobre o sexo, isto é, sexologia, é também, tanto na forma como no conteúdo, moldada pela cultura em que está inserido. Na verdade, “sexo” é uma construção cultural. Não é nada real ou definido, mas um conceito intelectual refletindo os aspetos culturais. É uma projeção de cientistas com uma certa ideia na cabeça, e só se torna visível através de um certo ponto de vista. O estudo de “sexo“ significa, acima de tudo, o estudo de uma ideologia sexual numa determinada sociedade e em determinado tempo.
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