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Ao referirmo-nos ao comportamento sexual, é importante lembrar as diferenças entre o comportamento de género, comportamento erótico, comportamento reprodutivo e comportamento de realce à vida. Muitos escritores usam o termo "comportamento sexual" de forma pouco rigorosa e não fazem a distinção entre seus diferentes significados.Tratam-nos como padronizados e, na apresentação de argumentos ou no decorrer de uma discussão, podem mudar de significado para outro sem se dar conta disso. Isso pode levar e/ou conduzir a falácias fundamentais.
Por exemplo: alguns investigadores estudaram os padrões de acasalamento dos ratos, i.e., o seu comportamento reprodutivo, e depois, usaram os resultados obtidos para tirar conclusões sobre o comportamento erótico humano. No entanto, isto é um erro. Resulta da não distinção do comportamento “sexual” para ambos. É como “comparar maçãs com laranjas”, designando-as como somente como frutos. Independentemente do facto de que os ratos não são pessoas, esta equação ignora que, nos humanos, os comportamentos eróticos e reprodutivos são assuntos e/ou dimensões muito diferentes. Ou, para dar outro exemplo: Durante muitos anos, os investigadores apresentaram falsas analogias entre o comportamento erótico e o comportamento de género. Assim, eles equiparavam a homossexualidade nos machos com feminilidade e chamavam-lhe de "inversão sexual". Eles explicavam que, em alguns homens, os desejos sexuais tinham-se “invertido”, i.e., tinham sido substituídos por desejos implícitos às mulheres. Com efeito, segundo eles, tais "inversões" tinham a ver com o facto de terem “nos seus corpos masculinos, almas femininas”. Estes investigadores não perceberam – ou não quiseram admitir – que estavam a lidar com questões totalmente distintas. O papel de género (identidade de género) no homem não tem necessariamente a ver com a sua orientação sexual. Afinal de contas, muitos homens “afeminados” pode muito bem ser atraídos eroticamente por mulheres enquanto muitos homens “másculos” podem o ser por outros homens. Mais uma vez, a incapacidade de estabelecer distinções necessárias impediu qualquer discernimento verdadeiro.
As secções subsequentes irão discutir essas distinções em detalhe.
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